Episódio de granizo em Lisboa - 05 Janeiro 2016
Enquadramento sinóptico
05 jan 2016 – 12 UTC
Crista pós-frontal à superfície. |
Massa de ar frio. Análise ECMWF 12UTC Tetasw a 850hPa e Pnnm
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Corrente de jato associada ao vale em altitude.
O Tefigrama previsto pelo ECMWF mostra uma atmosfera potencialmente instável nos níveis mais baixos, da superfície até cerca de 950 hPa, a 700 metros de altitude, sendo instável até à tropopausa.Tropopausa muito baixa, com primeira inflexão na curva da temperatura a 540 hPa, altitude 5000 m, temperatura -25ºC. A existência da segunda inflexão a 400 hPa , altitude 7000 m, revela uma dobra na tropopausa, o que é coerente com a com entrada de ar estratosférico que se vê na imagem de satélite e a presença da corrente de jato. O vento nos níveis baixos apresenta shear mas não veering. Temperatura 0ºC encontra-se a 840 hPa, 1700m de altitude.
Observação à superfície
05 jan 2016 – 14 UTC
Em Lisboa 14 UTC:
No território do continente: o Aguaceiros; |
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Observação satélite
05 jan 2016 – 12 UTC
Imagem RGB massa de ar A – Massa de ar frio, instável, com B – Intrusão de ar seco estratosférico, em C – Massa de ar quente; D – Nuvens altas associadas à superfície |
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Observação radar
05 jan 2016 – 14 UTC
O corte vertical da célula sobre Lisboa mostra: • A célula desenvolve-se até 6000 m de altitude, acima do nível da tropopausa, o que corresponde a um overshooting causado por intensos movimentos verticais ascendentes. • A bigorna do cumulonimbo estende-se para SE, a cerca de 4000 m de altitude, transportada pelo vento noroeste. • Um núcleo com refletividade superior a 40 dBZ entre 700 m e 3000 m (nível em que a temperatura atinge -10ºC) , sendo o valor máximo de refletividade 45 dBZ a 2000 m (nível em que a temperatura é inferior a 0 ºC). Nota: Esta célula não deu origem a aviso radar. O granizo é normalmente associado a valores de refletividade mais altos, que neste caso pode estar subestimada devido a um problema técnico. |
Células convectivas dispersas. Destaca-se, pelo seu desenvolvimento vertical, a que se encontra sobre Lisboa campo do máximo de refletividade – Max (z) |
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